Toda poetisa é uma menina,
E todo menina é uma poetisa.
Poetisa com dor, poetisa sem cor, Poetisa até mesmo sem poesia,
Sem melodia, sem encanto, sem furor.
Mas ainda assim uma poetisa, uma escritora. Como alguém que a memória perdeu,
De tanto vagar por aí, ela se esqueceu
Que para poesia ela nasceu.
Ela andava pelas ruas, pelas cidades, pelo mundo.
Não sabia mais de onde vinha, para onde ia e porque tanta agonia, (Qual o sentido daquela correria?)
Mas ela apenas fazia o que todos faziam.
Acordar, trabalhar, cuidar, pagar.
Se sobrar tempo academia, shopping, filme, compras, praia.
E todos os dias, uma dessas poetisas, Perdida pelo mundo,
Desertora da sua terra de magia, Fica mais perdida ainda.
Mas de vez em quando,
Uma delas encontra a memória,
A história, a poesia, a cor e o furor.
E esse encontro poderoso É mais que glorioso.
Porque mais poder há nas palavras de uma poetisa renascida, De uma poetisa que havia morrido,
Do que nas palavras de uma recém surgida.
O encontro dos encontros, o primeiro de muitos tantos,
Mudará para sempre a história da poetisa perdida.
Ela antes andava escondida,
Mas agora… Encontrou sua memória, sua história, seu valor, seu furor, Como antes nunca havia ouvido.
Imagine que a menina havia contado uma história para a boneca de pano,
Mas um dia, para seu encanto, a costureira veio ao seu encontro,
E contou para a boneca tudo sobre sua criação.
O porquê das cores, dos botões, como havia sido planejada para ser encantada. Contou segredos, do furo nos dedos, das lágrimas que caíram, na sua confecção. Das gargalhadas na madrugada, enquanto a trança costurava.
E a boneca sorriu;
a menina estava com ela e a amava,
Mas por trás da menina, havia a costureira,
Sua mãe verdadeira, a primeira
Que com suas próprias mãos a desenhou, sonhou, planejou, E com todo carinho do mundo, a criou,
Para ser única e inteira, uma boneca faceira.
A poetisa perdida havia encontrado, Da sua poesia, o sentido
Da sua vida, o motivo.
A poetisa perdida voltou a escrever,
Porque a Mulher escreveu que isso aconteceria, Não era mais perdida, agora era filha,
Filha da escritora, da sua grande mentora.
O mais incrível havia acontecido:
Ela havia conhecido:
Quem era a Mulher por trás da escritora.
Desejo que você encontre o sentido real daquilo que é, que você vive e que você faz. Muito anterior a toda vida imposta e comum, que existe nesse nosso mundão de Deus.
Um beijo! Carol Dutra
Carol é Coach, analista comportamental apaixonada por gente, por ajudar as pessoas a se conhecerem melhor e a usarem todo o seu potencial.
*Texto escrito e traduzido para versão feminina, para Aline Zagonel.
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