O destino de hoje vem para dar contraste à nossa rotina de cidades cada vez mais cinzas: o Jalapão é um dos raros lugares em que ainda se encontra natureza abundante e praticamente intocada. O Parque Estadual do Jalapão é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral à natureza e está localizado na região leste do estado do Tocantins.
Como todo “paraíso escondido”, chegar lá não é fácil é preciso pegar um vôo até Palmas – TO e, de lá, mais um transporte para chegar ao parque. O caminho, porém, é complicado, e a estrada bastante irregular. Além disso, o vilarejo junto ao Parque tem pouquíssima infra-estrutura e poucas as pousadas, por isso recomenda-se contratar uma agência em Palmas para realizar o passeio. As agências tem diversos roteiros, entre 3 a 10 dias, e organizam toda logística no Jalapão.
Nosso roteiro começou em uma sexta-feira pela manhã. Às 6 horas fomos buscados pelos guias no hotel em Palmas, em que passamos a noite de quinta para sexta-feira. Já a caminho do Jalapão, fizemos algumas paradas, primeiro no Rio do Sono, depois em uma prainha de rio. Almoçamos ali mesmo um lanche fornecido pela agência, até porque não há restaurantes no caminho. Seguimos viagem com o objetivo de terminar o primeiro dia vendo o pôr do sol já no Jalapão. Assim foi: fomos agraciados com um fim de tarde maravilhoso em meio ao deserto de areia, um cenário lindo para muitas fotos. Mais algumas horas de viagem e chegamos à cidade de Mateiros, onde ficamos hospedados.
Mateiros faz parte do parque estadual do Jalapão e concentra as melhores atrações da região. Junto a Mateiros está o povoado de Mumbuca, onde é produzido o belo artesanato em capim dourado. Não há restaurantes no vilarejo, então são as famílias locais que preparam comida para receber os turistas que vão explorar o Jalapão. O lugar em que jantamos era bastante simples, e a comida caseira muito deliciosa!
Ainda nesse dia, no retorno à pousada, paramos na estrada para olhar o céu. Com todas as luzes apagadas, milhares de estrelas se iluminaram, foi incrível! O céu certamente é uma das mais belas atrações do cerrado.
No segundo dia saímos cedo para conhecer os famosos fervedouros do Jalapão. Fomos a Buritizinho, Bela Vista e Glorinha. Os fervedouros são pequenos lagos com águas cristalinas provenientes de uma potente nascente subterrânea. Essa água exerce pressão e se mistura com areia, fenômeno chamado “ressurgência”, não permitindo que você afunde! A sensação de entrar na água e ficar flutuando é incrível. Se recomenda visitar os fervedouros em pequenos grupos, de no máximo 5 ou 6 pessoas, para aproveitar bem.
Em seguida fomos à belíssima Cachoeira do Formiga, uma queda d’água pequena que forma um grande poço de água em tons esverdeados que lembram esmeraldas. Ao redor dessa piscina natural, a vegetação é exuberante e lembra a mata atlântica, com palmeiras, samambaias e muitas árvores.
Saímos cedo também no terceiro e último dia para iniciar nosso retorno a Palmas. Passamos pelo Morro Vermelho e pela Serra da Catedral, excelentes locais para fotos. Chegamos em Palmas no fim da tarde e ainda pudemos curtir um pouco da cidade à noite.
Vale lembrar ainda que durante esses dias se passa muitas horas dentro do carro, por isso recomendamos preparar uma boa playlist de músicas e levar bebidas e lanchinhos para animar a viagem!
Foram 3 dias incríveis no Jalapão, um lugar ainda pouco explorado, mas que merece ser visitado!
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